Como melhorar a satisfação do consumidor na Black Friday
Há anos a Black Friday se estabeleceu como uma das principais datas para o varejo. Em novembro, as empresas aumentam os seus esforços comerciais, de marketing e operação para atrair consumidores ávidos por descontos.
Para melhorar a satisfação do consumidor, o Índice Nacional de Satisfação do Varejo (INSV), criado pela Inroots, fez uma análise cuidadosa dos comentários de consumidores nas mais diferentes plataformas digitais como: sites, blogs, redes sociais, fóruns, entre outras, sobre suas experiências de compra na Black Friday.
O resultado da pesquisa é importante para que o varejista saiba os principais pontos de atenção para este ano. Considerando os anos de 2020 e 2021, foram mais de 3.000 comentários em 10 segmentos do varejo.
Os quatro pontos de atenção da Black Friday
Em 2021, a análise dos comentários mostra que há pontos de melhoria nas quatro categorias analisadas pelo INSV: preço, produto, atendimento e loja. Somados, os assuntos relacionados a seguir concentram 68,4% dos comentários no período.
1. DESCONTOS DOS PRODUTOS
Em 2020, sem dúvida os pontos mais relevantes foram as promoções falsas, nome que os consumidores deram para a prática em que empresas aumentavam os preços pouco antes do início da Black Friday para depois baixar. Naquele ano, apesar do Índice Nacional de Satisfação do Varejo de novembro alcançar 81,1% de satisfação entre os compradores no varejo, quando se olha apenas para os dados do período da Black Friday o resultado cai para 63,1%, uma queda de 18 pontos percentuais.
Em 2021, os descontos continuaram como um dos pontos de destaque, mas com enfoque diferente. Embora as reclamações sobre as promoções “fakes” tenham diminuído bastante, o consumidor fez duras críticas quando constatou que os preços eram diferentes daqueles anunciados, ou quando os descontos foram muito pequenos.
Mas se engana quem pensa que só de queixas vivem as plataformas digitais. O shopper reconhece e valoriza quando encontra descontos reais. Isso mostra que os compradores monitoram os preços bem antes de começar a Black Friday. O brasileiro se acostumou a pesquisar e utilizar a opinião deixada por outras pessoas nas plataformas digitais como referência para a sua decisão de compra.
2. ESTOQUE DE PRODUTOS
Outro pilar crucial para a satisfação do cliente está no estoque. Não encontrar o produto anunciado ou ficar de mãos vazias na loja ao tentar retirar a compra feita pela internet foram críticas recorrentes.
3. ATENDIMENTO CAPACITADO
O atendimento merece atenção especial. Os clientes reclamam da pouca quantidade de funcionários disponíveis ou que os atendentes estão mal preparados para a ocasião. Conseguir ser atendido pelo telefone também foi difícil para o consumidor.
Por isso, é fundamental treinar e capacitar as equipes com as melhores práticas para a ocasião, além de desenvolver as alternativas que possam satisfazer o cliente que não encontra o produto desejado.
4. OPERAÇÃO PREPARADA
Aqui os motivos de insatisfação se deram pela má organização das lojas ao atender um público maior do que o normal e os problemas na entrega de produtos: seja pela demora, seja por erros no envio ou na retirada. Tanto as lojas físicas quanto os marketplaces e aplicativos foram alvos de queixas.
Planejamento e visão de longo prazo devem ser prioridades do varejista
Uma das conclusões do estudo feito é a de que antes da Black Friday, o varejista precisa se planejar e se adequar ao contexto. Em função da alta expectativa do consumidor no período, o desafio do varejo é não frustrar a experiência de compra dos clientes.
Como a demanda no período aumenta consideravelmente, o varejista deve se estruturar para atender a essas expectativas. Se uma loja ou bandeira decide apostar na Black Friday é preciso garantir que ela seja capaz de projetar o crescimento no período e se estruturar para suportar este pico de demanda.
Além disso, o varejista não deve levar em conta apenas os efeitos de curto prazo da Black Friday. Apesar desta data ser importante para contribuir com o aumento de receita, ela também deve ser vista como uma grande oportunidade para conquistar novos clientes.
Dica importante: capture a demanda por preço, mas traga a experiência de compra completa para deixar os clientes satisfeitos.
Quando uma loja ou bandeira compromete a expectativa do cliente, ela sofre danos na reputação, o que compromete a aquisição de novos compradores. Por outro lado, quando o cliente sai satisfeito com sua compra, ele tende a espalhar sua experiência e encorajar outras pessoas a se tornarem compradores daquele estabelecimento.
Apesar de ser uma data específica, os efeitos da experiência de compra na Black Friday podem se estender por muito tempo.
Quem é a Inroots?
A Inroots, criadora do INSV, é uma empresa de estratégia, tecnologia e marketing para as empresas do varejo. É composta por profissionais com mais de 20 anos de experiência e atende às companhias, como: Grupo Investfarma, Veran Supermercados, Confiança Supermercados, Tonin Superatacado e FedEx. Possui os seguintes pilares de atuação: análise da satisfação dos consumidores, comunicação estratégica, digital e CRM.
Como analisamos os dados de comportamento de compra dos clientes?
Com a combinação de dados da pesquisa tradicional e as informações espontâneas geradas pelo consumidor na internet, a Inroots monitora, captura e analisa mais de 50 mil comentários sobre as experiências de compra em vários segmentos do varejo, como: Super, Hiper, Atacarejo e Conveniência, Eletromóveis, Drogaria e Perfumaria, Departamento, Artigos do Lar e Mercadorias em Geral, Moda, Calçados e Artigos Esportivos, Material de Construção, Food Service, Livrarias e Papelarias, Óticas, Joias, Bijoux, Bolsas e Acessórios, e outros segmentos. Para mais informações, consulte o site do INSV.
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